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terça-feira, 10 de junho de 2014

Aviso à navegação.

Toda a minha vida fui peão. Em Lisboa, um dos meus passatempos preferidos era passear pela cidade e observar as pessoas, os prédios, o céu, as flores na calçada, a calçada.... Deixei de o poder fazer desde que os automóveis invadiram a cidade. Os que poluem o ar que respiro, os que estacionam mal e até os que estacionam bem mas deixam uma nesguinha de 50 cm de calçada. Mesmo no dia a dia, eu, que não tenho limitações físicas, enfrento dificuldades ao fazer o meu percurso normal casa-trabalho. Alturas houve em que fui "terrorista de passeio" (desde que, num só dia, vi um cego ter que contornar uma carro, pela estrada, e uma velhinha dar bengaladas num carro mal estacionado que não a deixava passar) mas tive que deixar de o fazer, quando me tornei mãe (e "não quero falar sobre isso").
Aviso, portanto, à navegação, que eu pedi a Santo António que, nesta semana de loucura, bloqueasse todos os carros mal estacionados.
Disse.

domingo, 3 de março de 2013

domingo, 24 de fevereiro de 2013

2M

domingo, 8 de abril de 2012

No Hospital São Francisco Xavier, não.

Escrevi este texto para a minha filha.
Em tom de conversa familiar, para que ela viesse mais tarde a saber do seu nascimento e também de como se dava à luz, nalguns sítios (como o Hospital São Francisco Xavier), no ano 2000.

As notícias do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa e da dispersão das suas competentes equipas para esse e para um outro hospital fazem-me partilhar esta experiência convosco. (Público)

No Hospital São Francisco Xavier, não!

«Fui a uma ultima consulta com o obstetra, chefe do serviço de obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier, local onde irias nascer. Uma semana antes do dia previsto para o teu nascimento, entrei sozinha, porque como ele ia fazer “o toque”, o teu pai achou que seria constrangedor assistir. Eu também pensava assim, até o Dr. Ricardo Jorge nos dizer, no final da consulta, que tinha feito um “truque” e que se tudo corresse bem, tu nascerias naquele dia ou no seguinte (ou talvez só para a semana). O médico explicou-nos que tinha “descolado a placenta” ou seja, provocou o parto.

Não estivesse eu enebriada com plácidos sentimentos maternais (a gravidez correu-me muito bem), matava-o logo ali.

Saí furiosa e a rezar a todos os anjinhos para que o “truque” não tivesse funcionado. Não estava na agenda, nem a mala estava preparada.

Fomos ter com o teu padrinho (isso sim, estava agendado), para almoçarmos com ele e irmos depois ver uma impressora.

No restaurante senti algumas contracções, em nada diferentes das que já tinha sentido em final de gravidez, mas desta, com alguma regularidade. Comecei a cronometrar (direi até ao fim dos meus dias, “façam aulas de preparação para o parto”).

Quando chegámos ao local para a demonstração da impressora, ele disse para o técnico, em tom de brincadeira: Vai ter a criança hoje ou amanhã. O homem ficou com algum receio que eu resolvesse parir ali mesmo.

As contracções, entretanto, já tinham intervalos de 15 minutos. Sem lhes dizer nada, enquanto examinavam a qualidade e a rapidez da impressão em fotografia, fiz uma lista das coisas que me fariam falta na maternidade. Quando saímos, aproveitei um momento a sós com o teu pai e disse-lhe que era melhor irmos andando para casa. Desde esse instante até à altura em que deixei de o ver, no Hospital São Francisco Xavier, ele manteve a calma. Isso foi muito importante para que eu controlasse o trabalho de parto e pudesse, depois, reagir de forma acertada ao que aconteceu.

O teu padrinho deixou-nos em casa e foi ter com a tua avó a Sintra. Ao almoço, eu tinha estado a falar com ela ao telefone mas não quis alarmá-la, disse-lhe apenas para me telefonar à noite.

Já em casa, as contracções continuavam regulares e indolores, com intervalos de 10 minutos. Começámos a preparar a mala e telefonámos ao obstetra. Disse-me que se não sentia dores é porque não seria desta vez. Passados uns minutos, as dores começaram e telefonámos à tua avó. Ela ficou nervosa, segundo o teu pai, e insistiu para que fossemos rapidamente para o hospital (estava convencida de que irias nascer depressa porque quando eu nasci, quase nem teve tempo de se deitar na marquesa). Enquanto me vestia, arranjando forças nos intervalos das contracções, as águas rebentaram. Chamámos um taxi e telefonamos novamente á minha mãe, que desta vez ficou assustada e disse que ia ter connosco ao hospital.

O táxi parou à porta das urgências e saí no intervalo de uma contracção (ainda olhei para trás para ver se tinha sujado o banco). Tive tempo de chegar à portaria e apoiar-me no Paulo (bem-ditas aulas) para melhor aguentar mais uma contracção. Enquanto me escorria líquido pelas pernas abaixo a enfermeira queria que eu preenchesse uma ficha e insistia, desvairada, que eu não tinha que estar a despedir-me do marido porque ele podia ir comigo para cima.

Felizmente uma auxiliar mais atenta, trouxe-me uma cadeira de rodas e eu, deixando o Paulo a preencher a papelada, subi ao 3º andar. Descansei. “Agora é só fazer a respiração”.

Na recepção da maternidade, sentei-me num cadeirão e esperei pelo Paulo e que alguém me viesse buscar. A frequência das contracções estava a deixar-me inquieta relativamente ao teu estado de saúde. E de apoio hospitalar, nada.

Em frente, ao fundo da sala, havia uma porta com vidro e os parentes que esperavam outros partos iam espreitando. Quando eu já desesperava, apareceu o rosto da minha mãe, do teu padrinho e do meu irmão. Pedi que telefonassem ao meu dispendioso médico. O Paulo apareceu e lá me levaram numa maca, para observação. Largaram-me numa sala vazia, correrem uma cortina à minha volta e desapareceram...

Continuei a concentrar-me na respiração (que já não faço a mínima ideia de como é) e depois de algum tempo, ouvi passos do lado de fora da cortina. Perguntei porque não me atendiam, “Já estou naquele momento de fazer força!” e ela, “não faça força “ e saiu. Durante momentos que me pareceram horas, chamei, gritei, chorei e nada.

A aprendizagem que tinha tido sobre o parto, dizia-me que a dor que sentia, era a tua cabeça que já estava a empurrar, olhei para baixo e vi a cama cheia de sangue, não podia ficar à espera. Talvez o teu pai me ouvisse, alguém teria que me ouvir. No intervalo de um das contracções, respirei fundo, meti os dedos à boca e assobiei o mais que pude, deixei passar outra contracção e voltei a assobiar. As enfermeiras entraram na sala indignadas com o disparate "Quem é que est´a assobiar?". Gemer, chorar até gritar, são coisas próprias para mulheres parideiras mas assobiar . . . disse-lhes que estavas a nascer.

Não sei se pela pressão dos parentes lá fora, se pelo assobio, ou porque a senhora se assustou com o sangue, alguém me veio pegar na mão, acariciando-me o pulso e isso acalmou-me. “Já tenho a vossa atenção”. Fui “preparada” por uma enfermeira bruta como as portas e levada para a sala de parto.

Eu estava numa exaltação tal que, apoiada nos cotovelos, seguia de perto tudo o que a enfermeira fazia. E não me calava. “O que é que está a fazer agora?”, a parteira pediu para eu me calar mas quando eu lhe perguntei se preferia que gritasse, reconsiderou. Todo o processo, desagradável de descrever, foi para mim uma experiência única (e repito minha filha, única). Finalmente, o momento em que já se podiam fazer os exercícios praticados e A Força. A enfermeira (Fernanda Braga), tua parteira, disse antes da terceira ronda, “se aguentar tudo seguido, ela nasce já”. E nasceste.

Pousaram-te em cima do meu ventre e eu apenas tive tempo para te acariciar o pé esquerdo. Vinhas acinzentada e adormecida mas muito bonitinha. Levaram-te para fazerem testes (o teste APEGAR foi inicialmente 5 e passados cinco minutos, 8) e trataram-me, deixando-me depois estacionada numa fila de macas, no corredor. Depois de meia hora a tremer descontroladamente (o parto foi sem epidural, contrariamente à vontade do obstetra que não apareceu, mas como eu o queria fazer), voltei ao normal. Enquanto ia observando tudo à minha volta, pedia às enfermeiras e auxiliares que passavam para te trazerem.

Passada uma hora no corredor, ouvi uma bebé a chorar em plenos pulmões. Comentei com a parturiente da maca seguinte que aquela devia ser a minha. Mal sabia eu que calma me saíras. Dois dias depois, comentava em tom de brincadeira com os teu primos, que me tinham trazido uma bebé sem pilhas, que as outras mães da sala de recobro, invejavam o descanso que me davas. A enfermeira informou-nos que a criança que berrava era de outra e que a minha tinha ferrado a dormir. Passados mais uns momentos trouxeram-me bolachas e um copo de leite (iogurte?), tu vieste depois.

Já comentei com o teu pai o facto de não me lembrar, de todo, do momento em que te trouxeram e em que eu te peguei e te dei de mamar (agora tenho um vislumbre mas não sei se não fui eu que o criei). Ele acha que é porque a emoção foi muito grande e eu também acho que sim. Lembro-me de mais tarde pedir a uma auxiliar que passava para dizer ao teu pai que já estavas a mamar (que estava tudo bem). Estava preocupada, porque ele queria acompanhar o parto e não o deixaram fazer (havia uma outra parideira na sala). Devia estar muito ansioso.

Por fim, digo-te que, apesar de já ter tido dores de dentes bem piores, a experiência da maternidade, foi para mim, nove meses em estado de graça. O parto, naquele Hospital, é para esquecer.»

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Obrigada Daniel, por expressares o que eu sinto.

A frieza da dúvida
"Sem provas circunstanciais, pequenas que sejam, restou a palavra das vítimas. Imprecisa, difusa e, neste processo, muitas vezes contraditória. Coisa natural, dado a distância temporal e o trauma, dirão e eu concordo. Mas como se podem defender os acusados quando a única coisa que sobra é essa imprecisão? (...) não tenho qualquer convicção nesta matéria. Mas tenho muitas dúvidas, baseadas em factos e não em emoções (essas levar-me-iam para a condenação certa), sobre esta investigação e este julgamento, nos quais abundaram episódios caricatos." (Daniel Oliveira - Expresso)

Eu, por acaso, acredito em Carlos Cruz (da mesma maneira que a minha filha acha que ele é inocente só de olhar). Sinto que o homem que conheci e admirei não podia ter feito aquilo. Mas até quando tive dúvidas, porque alguém o acusou e isso tem que ser tido em conta, indignei-me com o arraial que cunhou este processo.
Não tenho a mínima dúvida de que os rapazes dizem a verdade quando se referem aos abusos (aparentemente já eram do domínio público antes da denúncia). Isso e o envolvimento de Carlos Silvino, são as únicas certezas que tenho.
É para mim angustiante a ideia de que qualquer pessoa pode ser condenada, apenas com uma acusação e uma ajuda da imprensa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cão pisteiro da PSP feriu uma pata

... e, é claro, mais uma vila operária, a Vila Martins, desapareceu do mapa

“Um deslizamento de terras na Vila Martins – uma antiga vila operária – na Rua Damasceno Monteiro, entre os Anjos e a Graça, em Lisboa, derrubou meia dúzia de casas mas não fez nenhuma vítima mortal. (...) Há, no entanto, registo de três desalojados: um casal, que não se encontrava em casa no momento da derrocada, e uma senhora que conseguiu sair da habitação segundos antes. (...) Cerca de 16 moradores, de prédios contíguos ao que ruiu, foram impedidos de permanecer nas suas casas.
Helena Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, esteve no local e afirmou que a autarquia vai iniciar amanhã de manhã a vistoria «para vermos que obras são precisas».
A vereadora salientou ainda que esta situação «vem mostrar a necessidade de um programa nacional de reabilitação urbana porque as câmaras não têm dinheiro para se substituírem aos senhorios».” (Sol)

Aqui, subscrevo o José Gusmão quando questiona o PS sobre a falta de investimento na Reabilitação Urbana.



“(...) na encosta que liga o miradouro da Senhora do Monte, na Graça, à Rua Damasceno Monteiro, por cima do Intendente,(...) oito tugúrios térreos que em grande parte do século passado alojaram famílias de operários - seis dos quais desabitados e semi-arruinados - desapareceram pela encosta abaixo (...)
(...)num primeiro abaixo-assinado há perto de 30 anos (...) cartas, telefonemas, abaixo-assinados e e-mails a pedir uma solução (...) vistorias camarárias que confirmavam, segundo garantem, o risco de ruína e a falta de condições de habitabilidade da velha Vila. (...) onde em tempos se fabricou um dos ex-libris de Lisboa: a ginjinha Espinheira, que ainda tem loja aberta nas Portas de Santo Antão. (...) "Há uns 30 anos, quando fizemos o primeiro abaixo-assinado, o senhor Espinheira foi um dos subscritores", recorda um reformado (...) "A encosta está oca por falta de drenagem das águas. Ainda pode cair algum prédio nas escadinhas", dizia um dos moradores. Os sem-abrigo que por vezes pernoitavam nas casas abandonadas não tinham sido vistos durante a tarde e os cães, um dos quais feriu uma pata no meio do entulho, não encontraram vestígios deles.(Público)

"Os sem-abrigo que por vezes pernoitavam nas casas abandonadas não tinham sido vistos durante a tarde e os cães, um dos quais feriu uma pata no meio do entulho, não encontraram vestígios deles. "

Todo o miolo da cidade se encontra neste estado de abandono. Fica por saber se na próxima derrocada os custos serão apenas materiais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Louçã, Louçã, sempre Louçã

Estou a pensar seriamente em deixar de votar BE. Recuso-me, mais uma vez, a alimentar o culto da personalidade



Aqui, João Teixeira Lopes ainda conseguiu dizer alguma coisa.


Pasme-se! Luis Fazenda, em Lisboa, claro, tem a palavra.


Em Queluz, voltamos ao mesmo.


Retirada estratégica seria evitar ser sempre ele a fazer declarações aos jornalistas e dar lugar aos candidatos.


Na SIC não vou mais longe.

Na TVI, confesso que tive dificuldade em encontrar um vídeo da campanha do BE. É outro sobre a finta que, reparem, Louçã, fez às campanhas dos adversários.

Na RTP temos Luís Fazenda. Pudera! Vinha a casa abaixo.


Sai-se de Lisboa e voltamos ao mesmo. Louçã, Loução, sempre Louçã!?

Em Braga, nem ficamos a saber como se chama o candidato.


No Porto ...


Eu sei que os jornalistas só fazem o que querem mas com uma ajudinha ... talvez os candidatos conseguissem aparecer ... e falar. Se é esse o objectivo ...

Este mesmo exercício com a campanha das legislativas, só ia dar mais do mesmo.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Senhor da animação em Portugal

Foi ele quem me deu a conhecer a Checoslováquia . . . e a Paciência.
Até muito tarde não lhe conhecia o nome e achava que Vasco Granja, era o homem que apresentava a TV Rural. Este também exigia paciência . . . ao meu avô, que tinha que nos mandar calar a cada cinco minutos.
A Checoslováquia era um dos lugares distantes, onde se produziam todos aqueles desenhos animados, sobre os quais Granja tinha sempre tanto a dizer. Era aí que entrava paciência (esgotada por ele, como o referi no "e perguntam vocês, hilariante porquê?"). Esperar pelas palavras mágicas “Tex Avery” (apesar de ver também Norman McLaren e os benditos Checos), era um exercício de perseverança que me deu alguma preparação para a vida. Foi com ele que eu passei os únicos momentos despertos da minha infância em repouso. E foi através dele que conheci outros mundos, outras culturas e outras animações para além do franjinhas.
Levei algum tempo a entender como é que o meu irmão conseguia ver tudo, sempre com o mesmo entusiasmo. Quando ele foi estudar Artes plásticas para a Checoslováquia percebi, estava-lhe no sangue.
Não sabia que estava doente. Foi por isso com surpresa e pena que recebi a notícia, esta manhã. Vasco Granja morreu esta madrugada em Cascais (Público).

Justiça lhe seja feita. Não era bem assim.



Era mais assim,



e assim.



Entrevista

sábado, 2 de maio de 2009

Personalidades em fuga

Ele aproximou-se do nosso grupo animado, três cervejas depois do desfile chegar à Alameda. Em jeito de cumprimento, sai-me esta “Então era você que estava para ali a gritar no palco e não deixava ninguém ouvir a música” (faço notar que nesta altura, a música na Alameda era, como sempre, uma nublosa salada de ruídos e de músicas indistintas). Seguiu-se a gargalhada geral.
Felizmente, para mim, o Carvalho da Silva é uma personalidade inteligente, com sentido de humor (que se calhar não achou tanta graça como nós mas percebeu a piada) que certamente não me irá evitar num próximo evento. Nem ele nem qualquer um dos meus amigos, que me conhecem e não sentem os seus brios ameaçados pela minha personalidade brincalhona.

Infelizmente o momento não foi dos melhores (acontece) e por isso, aproveitando a maré, o meu pedido público de desculpas.

Os vídeos

Candidato do PS às europeias alvo de apupos e agressões (RTP1)

Vital Moreira abre campanha eleitoral (RTPN)

A notícia

Vital Moreira agredido e insultado na manifestação da CGTP (SIC)

Ofensas pessoais e água atingiram delegação socialista no desfile do 1º de Maio (Público)

Manifestações marcadas por incidentes (Rádio Renascença)

Reacções

Carvalho da Silva (SIC)

Diário de candidatura (Causa nossa)

Ofensas contra Vital Moreira foram “uma agressão contra o PS”, diz Vitalino Canas (Público)

Vital Moreira acusa implicitamente PCP por insultos e agressões no 1º de Maio (Público)

Vital Moreira foi em demanda da sua Marinha Grande ...

Arrastão do Martim Moniz: os suspeitos do costume

terça-feira, 18 de novembro de 2008

"Mas tenho muitas dúvidas e algumas inquietantes certezas. A ligação da linha de Cascais ao resto da rede ferroviária parece-me do mais elementar bom senso. Mas não fiquei convencido da exequibilidade desta obra e pareceu-me sentir algumas dúvidas do presidente do LNEC, o que me deixou preocupado. Não gostaria de assistir a uma nova novela igual à do túnel do Terreiro do Paço. Preocupam-me especialmente os efeitos desta construção nas cíclicas cheias que aquela zona sofre, e a que Ribeiro Telles chamou à atenção (de uma forma menos pedagógica do que é habitual) no programa.

O negócio com a Liscont tresanda e é para mim o principal problema de toda esta história. Tenho pena que o movimento criado não se tenha concentrado apenas nisto. Por mim, esta é a única razão fundamental porque me oponho ao processo. E seria razão suficiente para Sá Fernandes não se sentar no lugar onde se sentou no debate desta noite. Aliás, começa a ser estranho este hábito de António Costa se esconder atrás do vereador do ambiente de cada vez que o tema é difícil. Não é a primeira vez que o faz. A cidade espera ver o presidente da Câmara eleito num debate destes. E eu esperava ouvir de Sá Fernandes uma condenação clara de um negócio tudo menos transparente. Pode até ser que tivesse de ser a Liscont a manter a concessão da exploração do terminal. Mas a forma como se tentou que tudo acontecesse sem que ninguém desse por nada levanta todas as suspeitas. Ainda mais quando se sabe o que é a Mota-Engil. Cheira mal. Muito mal.
" (Arrastão)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Boçalidade e ignorância na Praça do Município

"Cerca de cem estivadores reuniram-se ontem em frente à Câmara Municipal de Lisboa e ameaçaram Miguel Sousa Tavares, líder do movimento “Lisboa é das Pessoas. Mais contentores? Não!”. O comentador e escritor recorreu a escolta policial para sair do edifício da Câmara." (Público)

Ontem eu era uma das signatárias do protesto contra o aumento de contentores em Alcântara.
Hoje, depois de ter assistido ao ataque cerrado dos estivadores (ao que parece, manipulados pelo seu sindicato) ao meu representante e à argumentação apresentada na reunião nos Paços do concelho, sou uma ferrenha defensora da transferência do Porto de Lisboa para margem Sul, ou para Sines (que é onde já devia estar, há muito tempo) e de uma séria investigação às irregularidades que todo este processo apresenta.

Ao que parece, esse não foi o único efeito que a demonstração de boçalidade dos estivadores do Porto de Lisboa teve. Ontem as assinaturas eram mil, hoje são sete mil.

(31-10-08)

Algo mais sobre o assunto "Para algo sério, Alcântara e os contentores" (Pitau Raia)

Quem é vivo sempre se encontra A BATALHA DE LISBOA, A Frente Ribeirinha , LISBOA MAIS EXIGENTE (Gente de Lisboa)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Uma integração positiva

Como insinuei num comentário que fiz no post O ministro as praxes e os cretinos do Antropocoiso, sou contra.

Mas quem sabe . . . talvez me façam mudar de ideias. Se realmente o querem fazer, sejam construtivos.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Andar a pé dá saúde

Hoje viajei com um taxista que tinha escrito “morto” na testa.
Com uma condução nervosa, travagens e arranques a todo o instante, reclamava com tudo e com todos. Chegou mesmo a dar murros no volante e vociferar um Raios-que-o-partam-e-todos-os-acessórios-indispensáveis-no-linguajar-de-um-motorista-de-praça-que-se-preze, que eu não posso e não quero aqui transcrever.
Revivendo os carrinhos de choque e a montanha russa em simultâneo, segui viajem com os pés fincados no tapete, as mãos bem firmes na porta e no acento, na esperança que ninguém tivesse lido “morta” na minha testa.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

No meio da azáfama do regresso de África, descubro um site extraordinário.

Tarde de mais . . . ou não (tanto para ler e ver) . . . o autor do "O céu sobre Lisboa" morreu há um mês.