Diário de bordo 28.07.09
A viagem começou bem. Perdemos o avião.
Pudemos escolher um voo, no mesmo dia, que fazia escala em Frankfurt e tivemos oportunidade de fumar nos célebres cubículos de que já tinha ouvido falar.
Algo me dizia que a lei de Murphy ia fazer das suas. A bagagem poderia ficar a meio caminho e ... Bingo!
Quando chegámos a Budapeste, a um aeroporto em tudo parecido com o de Maputo, esperámos duas horas para resolver o problema (Hoje de manhã entregaram-nas no quarto. Em Maputo isso dificilmente aconteceria).
Finalmente entrámos no quarto, completamente esgotados e deparámo com um cochicho deprimente, com uma coluna de madeira enorme no meio, camas separadas e para não fumadores (como a escrita inteligente deste telemóvel, que não reconhece a palavra "fumadores").
Sem querer avançar com grandes reclamações, apenas referimos que tínhamos pedido um quarto para fumadores e deram-nos uma (quase) suite. O Paulo passou o resto da noite a congratular-se por não ter deixado de fumar.
Acabámos o dia em grande, a jantar num restaurante com danças e cantares húngaros.
Diário de bordo 30.07.09
É oficial. Somos os maiores especialistas em bons restaurantes húngaros. Isto, segundo uma colega do Paulo, quando almoçávamos no mesmo restaurante em que tínhamos jantado nos dois primeiros dias.
As temperaturas rondam os 38 graus e as águas são contra-indicadas a pessoas com problemas de circulação ou de coração. A minha tensão foi p´ro brejo.
Após os primeiros dias, em que ainda tive forças para ir assistir a algumas palestras (para além da que o Paulo deu), o mais longe que fomos, foi para lá da Ponte da Liberdade (“Os comunistas mudaram-lhe o nome”), para cima de quinhentos metros, ao Mercado Central (a Praça da Ribeira, com uns bordados húngaros à mistura, num edifício lindíssimo). Umas voltas aos quarteirões mais próximos e ala para o hotel que eu já não aguento o calor.
Só ontem é que fomos ver as termas. Quase nos perdemos nas catacumbas do hotel que, para variar, estão mais quentes que a temperatura exterior. Entrámos na piscina aquecida, a minha tensão desceu e eu subi ... para o quarto. Um desassossego.
Hoje o Paulo foi sozinho. Ele queria experimentar a sauna, que eu não gosto e eu preferi a banheira (assim como assim a água vem toda mais ou menos do mesmo sítio). Para não lhe roubarem os óculos, levou-os para dentro da sauna. Chegou ao quarto com eles todos tortos e rachados, envolto numa névoa que só ele vê.
Para amanhã temos organizada uma ida ao oculista. Depois logo se vê (a ver vamos :)).
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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