"Mas tenho muitas dúvidas e algumas inquietantes certezas. A ligação da linha de Cascais ao resto da rede ferroviária parece-me do mais elementar bom senso. Mas não fiquei convencido da exequibilidade desta obra e pareceu-me sentir algumas dúvidas do presidente do LNEC, o que me deixou preocupado. Não gostaria de assistir a uma nova novela igual à do túnel do Terreiro do Paço. Preocupam-me especialmente os efeitos desta construção nas cíclicas cheias que aquela zona sofre, e a que Ribeiro Telles chamou à atenção (de uma forma menos pedagógica do que é habitual) no programa.
O negócio com a Liscont tresanda e é para mim o principal problema de toda esta história. Tenho pena que o movimento criado não se tenha concentrado apenas nisto. Por mim, esta é a única razão fundamental porque me oponho ao processo. E seria razão suficiente para Sá Fernandes não se sentar no lugar onde se sentou no debate desta noite. Aliás, começa a ser estranho este hábito de António Costa se esconder atrás do vereador do ambiente de cada vez que o tema é difícil. Não é a primeira vez que o faz. A cidade espera ver o presidente da Câmara eleito num debate destes. E eu esperava ouvir de Sá Fernandes uma condenação clara de um negócio tudo menos transparente. Pode até ser que tivesse de ser a Liscont a manter a concessão da exploração do terminal. Mas a forma como se tentou que tudo acontecesse sem que ninguém desse por nada levanta todas as suspeitas. Ainda mais quando se sabe o que é a Mota-Engil. Cheira mal. Muito mal." (Arrastão)
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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1 comentário:
Como é que é mesmo a nova versão da célebre frase de Jorge Coelho?... ah... "Quem se mete com a Mota-Engil, leva!"
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