segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Obrigada Daniel, por expressares o que eu sinto.

A frieza da dúvida
"Sem provas circunstanciais, pequenas que sejam, restou a palavra das vítimas. Imprecisa, difusa e, neste processo, muitas vezes contraditória. Coisa natural, dado a distância temporal e o trauma, dirão e eu concordo. Mas como se podem defender os acusados quando a única coisa que sobra é essa imprecisão? (...) não tenho qualquer convicção nesta matéria. Mas tenho muitas dúvidas, baseadas em factos e não em emoções (essas levar-me-iam para a condenação certa), sobre esta investigação e este julgamento, nos quais abundaram episódios caricatos." (Daniel Oliveira - Expresso)

Eu, por acaso, acredito em Carlos Cruz (da mesma maneira que a minha filha acha que ele é inocente só de olhar). Sinto que o homem que conheci e admirei não podia ter feito aquilo. Mas até quando tive dúvidas, porque alguém o acusou e isso tem que ser tido em conta, indignei-me com o arraial que cunhou este processo.
Não tenho a mínima dúvida de que os rapazes dizem a verdade quando se referem aos abusos (aparentemente já eram do domínio público antes da denúncia). Isso e o envolvimento de Carlos Silvino, são as únicas certezas que tenho.
É para mim angustiante a ideia de que qualquer pessoa pode ser condenada, apenas com uma acusação e uma ajuda da imprensa.